Insensatez

Com os fortes e estafantes rádios de sol

Acordei

Como sou obrigado a fazê-lo diariamente

Querendo ou não

Por todo o dia escaldante andei

Para os lados olhei

A ninguém procurava

Apenas o infinito vão observava...

Vão da vida que por vezes parece infinita

E se faz assaz sofrida

Mas é preciso continuar mesmo que a infelicidade seja constante

Às vezes ela vem de dentro

Ou encontra passaporte em criaturas errantes

Como desprezo esses monstros tão cheios de si

Que apesar dos pesares se mostram ofegantes

As suas almas horrendas os deformam

Revelando que são

Os seus corações são vazios, como em um vão...

Nada tem a oferecer a não ser uma podre mão

Que de tão podre nada sustenta

E a quem segura leva ao chão

Não há sentimentos reais, apenas hipocrisia e maledicência, falsidade

Não consigo manifestar afeto por tanta maldade

Pessoas corrompidas por natureza

Há muitos enganam julgando possuir tanta esperteza

Sofro por não ser autossuficiente

Gostaria de não precisar de ninguém

De ser inclemente

Mas as minhas reações biológicas me tornam dependente

Sou um fraco, eu sei

Desse mundo não escaparei

Pois a ele para sempre pertencerei

Mesmo negando tanta insensatez.

Aermo Wolf
Enviado por Aermo Wolf em 12/12/2016
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