Insensatez
Com os fortes e estafantes rádios de sol
Acordei
Como sou obrigado a fazê-lo diariamente
Querendo ou não
Por todo o dia escaldante andei
Para os lados olhei
A ninguém procurava
Apenas o infinito vão observava...
Vão da vida que por vezes parece infinita
E se faz assaz sofrida
Mas é preciso continuar mesmo que a infelicidade seja constante
Às vezes ela vem de dentro
Ou encontra passaporte em criaturas errantes
Como desprezo esses monstros tão cheios de si
Que apesar dos pesares se mostram ofegantes
As suas almas horrendas os deformam
Revelando que são
Os seus corações são vazios, como em um vão...
Nada tem a oferecer a não ser uma podre mão
Que de tão podre nada sustenta
E a quem segura leva ao chão
Não há sentimentos reais, apenas hipocrisia e maledicência, falsidade
Não consigo manifestar afeto por tanta maldade
Pessoas corrompidas por natureza
Há muitos enganam julgando possuir tanta esperteza
Sofro por não ser autossuficiente
Gostaria de não precisar de ninguém
De ser inclemente
Mas as minhas reações biológicas me tornam dependente
Sou um fraco, eu sei
Desse mundo não escaparei
Pois a ele para sempre pertencerei
Mesmo negando tanta insensatez.