O GRITO DA RAPINA

O GRITO DA RAPINA

Absinto,

sinto o abismo.

Alma alma

palmas,

ternos pedidos

perdidos.

Santo Santo.....

rapinas que voam,

voam.

Cabeças voam,

povo que voa,

ninhos que voam,

cor da carne,

rapinas voam,

voam macabramente,

voa sobre

este povo morto,

sobre o poema morto,

sob amores mortos.

Não canta a dor da patativa

dentro dos seus bicos canibais.

Canta o gemido dos mortos,

o grito do touro que padece

na plaza dos poderes.

Rapina poeta,

rapina política

morbida de corpo morto,

punho de ferro,

ferramenta que corta

a jugular do povo.R.p