POESIA MORTA


minha poesia já nasceu morta,
pois morta está minha alma
ela chora e se agita
porque está magoada;

meus versos são sonâmbulos,
ninguém vai me despertar,
pois sabem que pretendo
dormir eternamente;

minhas rimas se extraviaram,
não sei onde encontrá-las,
também, nem preciso delas,
quem precisa?

quero deixar meus versos
à beira do precipício,
quem quiser, pegue-os,
ou deixem que voem;

quem sabe fertilizam o solo
e assim crescerão
muitas árvores,
com frutos de poesia?

Fernanda Xerez
Enviado por Fernanda Xerez em 23/11/2016
Reeditado em 23/11/2016
Código do texto: T5832729
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