FIM NA ESTRADA

O morto na beira da estrada

não tinha riso

não tinha nada.

A alma estava triste...

Com o olhar seco e profundo

como se tivesse perdido tudo.

Não importava mais o mundo

seus olhos, prostravam-se indiferentes...

Desprovido de lagrimas...

Não mais chorava.

N’àquele instante, ali...

o ar se fazia frio

o vento, não ventava

pássaros não cantavam

Uma sombra de mal goro

pairava sob o ar.

N’àquele momento nada se ouvia

Exceto... cri, cri de grilos...

Revoar de morcegos

E o gorjear de corujas.

De repente!... Visitas

expressões de fim

mimica de perca

O mundo estava perdido ali.

E nesse ínterim...

Brota uma mistura de choro

cochichos de bramuras

a falta de esperança

o desprezo de uma cura.

Os sentimentos estavam

pendurados nas margens do abismo

a cisma prostrava se inquieta

Uma interrogação no ar...

Porque que o mundo é aqui?!

Antonio Montes

Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 08/11/2016
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