Cadentiel

Luz abandonada, expulsa do céu negro

Banida da própria solidão, luz renegada

Tornara-se nada mais do que uma imagem exilada

Cai sobre a terra ho filho pródigo

Cai dos céus sobre lagrimas

Cai com suas assas queimadas

Seu pecado foi querer saber

Mas se era pecado não sabia

Pobre tolo que buscou sabedoria

Não se tratava de voar até o sol

E sim de entender o próprio sol

Não era ele Ícaro, mas como ele

Suas assas foram queimadas

Ao seguir os passos de Prometeu

Herói da humanidade, que trouxe o fogo e liberdade

Foi condenado a rastejar, usar as correntes da depredação

Pobre filho condenado a humilhação

Intitulado como inimigo do amor

Por não querer amar a quem mandam

Intitulado como pai da mentira

Por questionar a verdade dita

É este teu vilão, que lhe desperta ódio?

É este teu Deus, que lhe desperta amor?

Seria sua justiça, inquestionável, justa?

Seria teus olhos, portões da alma, sua prisão?

Cadentiel
Enviado por Cadentiel em 01/11/2016
Código do texto: T5809897
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