Cadentiel
Luz abandonada, expulsa do céu negro
Banida da própria solidão, luz renegada
Tornara-se nada mais do que uma imagem exilada
Cai sobre a terra ho filho pródigo
Cai dos céus sobre lagrimas
Cai com suas assas queimadas
Seu pecado foi querer saber
Mas se era pecado não sabia
Pobre tolo que buscou sabedoria
Não se tratava de voar até o sol
E sim de entender o próprio sol
Não era ele Ícaro, mas como ele
Suas assas foram queimadas
Ao seguir os passos de Prometeu
Herói da humanidade, que trouxe o fogo e liberdade
Foi condenado a rastejar, usar as correntes da depredação
Pobre filho condenado a humilhação
Intitulado como inimigo do amor
Por não querer amar a quem mandam
Intitulado como pai da mentira
Por questionar a verdade dita
É este teu vilão, que lhe desperta ódio?
É este teu Deus, que lhe desperta amor?
Seria sua justiça, inquestionável, justa?
Seria teus olhos, portões da alma, sua prisão?