ABORTO II
Ao gerar-me com calor
Na consequência não pensou
Sem amor sem coração
Em aborto transformou-me
Sem nem uma compaixão.
Não pedi pra ser gerado
E nem poderia fazer
Pois não seria ninguém
Sem ajuda de você
Mas já que me gerou
Então me deixe nascer.
O seu corpo é sofreguidão
Sem amor gosto e calor
Sem sentimento e sua paixão
E sem afeto, de mim fez um feto,
Depois me deu vida e coração.
É já passado o momento
De sua anciã perdida
Com a sua tração jogada ao vento
Quer me tirar à vida
Deixe me ver o mundo
Me de amor mãe querida.
Eu quero a chance de nascer
olhar o mundo e viver
já que estou com vida gerada
não mate esse feto coitado
me deixe viver e respirar
e pelo seu mundo ser criado.
Antonio Montes