Sombras eternas


Nas sombras que me perseguem
Que me enrolam, vestem e envolvem
Negritude sagaz, possui-me como amante
Acordado passado, os espíritos acordam-me,
Empurrando as lembranças de um outro tempo
Onde o sol, ou os teus olhos brilhavam,
Chamo e clamo a lua que por ti zelava.
Permaneço na vida miserável, vida que construí,
pagando pelos meus ignóbeis pecados,
Pela maldita vida em mim que sou.
Vivo, sobrevivo na espera, um dia,
Uma semana, um qualquer tempo
Irás superar todo o desprezo
De quem um dia me amou.
As sombras do meu pensamento
Que a minha alma importunam,
Sento o meu coração pulsando,
Sem forças, onde todo o ódio se esvai
Elevo-me na a visão dantesca do meu corpo caído
Os espíritos me cospem para o infinito,
Esperança de renascer num outro qualquer lugar
Num outro qualquer dia, qualquer amor,
Onde a paz reine sobre todos os suicídios.
Vagando pelo cemitério,
Na penumbra da noite,
A ti minha alma entreguei,
Corri para o precipício e por ti eu me atirei.
Nada cura minha dor,
Nem mesmo a fúria do Senhor das profundezas...
Este que o fará se redimir,
Mostrando que quando se jura amor eterno,
Este é para sempre.
Alberto Cuddel
Enviado por Alberto Cuddel em 19/09/2016
Código do texto: T5765331
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