Negro desejo
O desejo veste-se de negro, escorre pelos dedos,
Pela devassidão sombria da tua mente pecaminosa,
Mesmo despida de ti, do mundo, continuas tu,
Aura espessa pesada, absorves a luz, os meus medos!
Canto negro do vento, rasgam-te joelhos dobrados
Absorves a devassidão do espirito, sugas-me a alma,
Paredes tortas, gemidos aos céus, cabelos apanhados,
Nem primeiro, nem último, por um bastaria na calma!
Corpo inerte na profundeza do olhar, no espaço e razão
Cavalgas longinquamente, por entre pedaços caídos
Arqueando ao amargo fel, da em ti louca devassidão!
Riscas da noite a luz, quentes braços, me envolvem,
Indícios de ensanguentados e tântricos gemidos,
A negro desejo me condenas, e meu prazer sorvem!
Alberto Cuddel®
In: O silêncio que a noite trás - 4
O desejo veste-se de negro, escorre pelos dedos,
Pela devassidão sombria da tua mente pecaminosa,
Mesmo despida de ti, do mundo, continuas tu,
Aura espessa pesada, absorves a luz, os meus medos!
Canto negro do vento, rasgam-te joelhos dobrados
Absorves a devassidão do espirito, sugas-me a alma,
Paredes tortas, gemidos aos céus, cabelos apanhados,
Nem primeiro, nem último, por um bastaria na calma!
Corpo inerte na profundeza do olhar, no espaço e razão
Cavalgas longinquamente, por entre pedaços caídos
Arqueando ao amargo fel, da em ti louca devassidão!
Riscas da noite a luz, quentes braços, me envolvem,
Indícios de ensanguentados e tântricos gemidos,
A negro desejo me condenas, e meu prazer sorvem!
Alberto Cuddel®
In: O silêncio que a noite trás - 4