Sobre o tapete da sala
Os cacos de vidro penetram em minha pele
Roubam a dor que senti aqui dentro
Dilaceram cada centímetro do meu pulso
E acalento-me a cada gotícula de sangue sobre o tapete
Tapete este que não se pode mais usar
Tapete a qual eu queria me deitar
O tapete marcado pelas cenas de amor
O tapete. Aquele tapete!
O tapete das noite em claro;
O tapete meio bagunçado, amarrotado
Presente em quase todas as cenas
Cenas estas que não se deve mais lembrar
Cenas a qual eu não queria me ausentar
As cenas marcadas pelas letras de música, por papéis de carta
As cenas. Aquela cenas!
A cena das noites em claro
A cena do tapete amarrotado
Presente em quase todas as cenas
Cenas estas que não duram mais
Tapetes aqueles que não se movem mais
Cacos de vidro que não cortam mais
Pulsos estes que não pulsam mais