Exercício poético IV
 
“Faz da minha pele o teu calor,
Que já de mim, teu corpo embrulha.
Quente como brasa – Essa fagulha...
Queima em sentir teu néctar incolor.”
 
luan kleyton
 
Desço de mim pelo sangue fervente,
Poente sentir, abandonado dormente,
Almas que pela manhã anoitecem,
Lágrimas caídas em si só arrefecem,
Descontextualizo cada virgula escrita,
Cada palavra gemida em si prescrita,
Calo palavras vãs, onde no olhar me cego,
De nada me aproveita se tudo esqueço,
No engano serrano, nada de ti conheço,
Se de mim conheço, tudo escrevo, nada nego,
Peco-me das rosas, com que perde a alma,
Labirinto do sentir, da ideias sem saída,
Perdido na morte, perdido na tua vida,
Caio sobre folhas mortas, espero calma,
No mundo cinzento onde me deito,
Não me atrevo por sonhos diversos.
Em busca do teu corpo perfeito,
Inscrito na arrogância dos meus versos!
 
Olha-me os olhos, vê o que não vejo
Alma cansada, abrasadoramente dormente...
No meu corpo, definha de ti o desejo,

Cala-me a voz, e o sonho que hoje ainda mente!
Alberto Cuddel
Enviado por Alberto Cuddel em 20/08/2016
Código do texto: T5733984
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