Lembranças

O dia é passado

A noite sombria vem

Poucos são os que enxergam além

Destes caminhos que são alagados

As gotas da chuva são como o suave pranto

Derramado por aqueles que já sofreram

A dor de um desencanto

Nas alturas o relâmpago corta o rubro céu

A chuva continua a cair

Pensamentos mil vagam ao léu

Solitário, vivo sem a esperança de conseguir

Continuar a amar a ti

Não há mais nada a fazer

Tão somente quero que o destino

Nos separe bem longe

Para que eu não me recorde jamais

Da tua pálida fronte

Quero me confundir sob o sereno das luas brancas

E esquecer de todas as lembranças que ainda me restam dela

Adeus, sonho meu! Adeus, esperança!

Jaime Carvalho
Enviado por Jaime Carvalho em 12/08/2016
Reeditado em 20/10/2016
Código do texto: T5726884
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