Lembranças
O dia é passado
A noite sombria vem
Poucos são os que enxergam além
Destes caminhos que são alagados
As gotas da chuva são como o suave pranto
Derramado por aqueles que já sofreram
A dor de um desencanto
Nas alturas o relâmpago corta o rubro céu
A chuva continua a cair
Pensamentos mil vagam ao léu
Solitário, vivo sem a esperança de conseguir
Continuar a amar a ti
Não há mais nada a fazer
Tão somente quero que o destino
Nos separe bem longe
Para que eu não me recorde jamais
Da tua pálida fronte
Quero me confundir sob o sereno das luas brancas
E esquecer de todas as lembranças que ainda me restam dela
Adeus, sonho meu! Adeus, esperança!