Traqueostomia da Alienação
A multidão neuronal se levanta
Na malfadada realidade da vida
A negociação não mais adianta
Fraqueza humana está admitida.
O sufocar das ideias persistem
Grandiosas desavenças da luta
As lágrimas maldizem e insistem
A ira é o silêncio que se escuta.
No caos primitivo da insensatez
Cede o maior interesse coletivo
As sinapses se calam duma vez
A insanidade do medo cognitivo.
O respirar vai enfim se cessando
Ao redor o povo acaba morrendo
Num círculo que vai nos alienando
E por fim todos seguem sofrendo.