Renitência da Insanidade
Eu, catástrofe da metáfora,
Durmo sobre o mau agouro,
Anseio a apatia verso afora,
Solicito do penar sumidouro.
Transcendo-me na palavra,
Escrava do dialeto humano,
Mistura da mente que lavra,
A sensação do que é insano.
Abrigo a boca do estômago,
Da maçã do rosto que azeda,
Desta loucura de meu âmago,
Onde o fim nunca envereda.
Escuto gritos vindos do além,
Aonde não vejo importância,
Não suplico nem digo amém,
Apenas que cesse esta ânsia.