Sepulcro da Solidão
Vida que teu sorriso recusaste
Tão cedo a felicidade reticente
Perdoada serás pelo desgaste
A incerteza de ser intermitente.
Diante desta tua trova reluzente
Nenhuma nódoa assim deixaste
Neste silêncio da alma inocente
Que da existência abandonaste.
Agora me perderei na realidade
Pois não consigo entender nada
Sinto falta da minha serenidade.
A cada noite, espero tua arfada
Até que o recobrar da sobriedade
Lembra a solidão na madrugada.