Sepulcro da Solidão

Vida que teu sorriso recusaste

Tão cedo a felicidade reticente

Perdoada serás pelo desgaste

A incerteza de ser intermitente.

Diante desta tua trova reluzente

Nenhuma nódoa assim deixaste

Neste silêncio da alma inocente

Que da existência abandonaste.

Agora me perderei na realidade

Pois não consigo entender nada

Sinto falta da minha serenidade.

A cada noite, espero tua arfada

Até que o recobrar da sobriedade

Lembra a solidão na madrugada.

O Dissecador
Enviado por O Dissecador em 23/06/2016
Código do texto: T5675803
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