Nos Domínios do Pesadelo
Quando a penumbra comove minha percepção
Chamando-me as válvulas sinistras da sombra
A corrente elétrica do corpo aceita a abnegação
No íntimo, sentindo a torpeza que me lombra.
Sensação de todos os medos que se encontram
Diante da podridão e do desprezo que examino
Reconhece que a paz e o amor que amarguram
Dão cor a asa escarlate do fim do meu destino!
Não é surpresa que me vejo perto da falsidade
Porque correr é desnecessário ante a comatose
É o trajeto claudicante da própria insanidade
Até o pesadelo tem sua própria metamorfose.
Quando tudo parece já estar perdido de fato
Me vejo lançado, no meio de uma rasa cova
Na primeira pá de terra, acordo de imediato
Percebo enfim: É a insanidade que se renova.