Ode ao Fim
No bradar da improvável invalidez,
Seguimos rijos contra o desespero,
Ancoramo-nos em toda a robustez,
Aceitando o abraço do morbígero.
Se o corpo adoece de falha óbvia,
Ocorrendo o perdimento da chance,
Nasce o medo daquele que aluvia,
Partilha o desfecho em clara nuance.
Para tanto se agarra ao feral grito,
A intrépida missão da aliança,
Entre a crença e o derradeiro rito.
Há de sonhar com o abraço bendito,
Na longevidade de sua esperança,
E retardar o encontro ao infinito.