A Tabacaria
É o charme colérico do suicídio
Em morbidez divinal em sociedade
É o alarde feérico do excídio
Na áurea unguinal da realidade.
Misantropicamente os alvéolos juram
As vísceras torácicas de morte lenta
Onde os sorrisos jamais perduram
E a derme assim definha sebenta.
As antíteses destoam desse ambiente
Belo, arrojado e naturalmente doente
Na absolvição da realidade insana.
A alma é lúgubre, tão logo mundana,
Na teratologia do suicida consciente
Espreitando o rigor mortis decadente.