A transição do sonho
O mistério a arrebatava
Nada podia ser decifrado, ela tentara
Havia ali um profundo segredo
Algo intocável que temia ser terrível.
Era distante por muito tempo
Porém quando aproximava-se dela a fazia voar.
Não sabia mais distinguir o bem do mal
Pois a presença tornou-se vital.
Ela vivia entre o sonho, a espera
E o anseio de horas como aquela.
Trocaria sua alma por mais
E de ver, não foi capaz.
Ela que já fora tão intuitiva
Era escrava de um algoz, pela vida.
E as horas livres iam cedo ou tarde
Dar lugar a correntes, pela eternidade.