CEIA LÚGUBRE
Minha carne apodrece na catacumba,
Sangue coagulado, refresco de parasita
E a carnificina é o odor que se agita
Dentre paredes que guardam quizumbas
Dum morto alienado às preces dos fiéis...
Vermes deglutem meu cadáver infame,
Saboreando taco a taco nefasta podridão,
Arrotam azedume no horror da refeição
E convidam bactérias vindas em enxames
Que me devoram ansiosas as unhas dos pés.
No palor excêntrico dos ossos há a porose
Dinamitada pela fome dos nocivos insetos
Que vorazes se tornam do tear que é abjeto
Alimentando a festa com macabras doses!
DE Ivan de Oliveira Melo