O Necromante

Protetor das almas do purgatório

Ele é a revolta armada do limbo

Faz do tártaro parte do refeitório

Para cada um há um único nimbo.

Na chusma dos mortos há energia

A consagrada e maldita filactéria

Ousa ser um baluarte da infâmia

Alimenta-se da dor e das bactérias

Seu palco é feito da luz dos miasmas

Coberto de rancor, ódio e desespero

Em seu rol alucinado de fantasmas

Torna-se príncipe do terror morbígero.

Vacilante ao singular passo que faz

Surge do umbral como o necromante

Invulgar sacerdote que o abismo traz

E fazer da morte em força beligerante.

O Dissecador
Enviado por O Dissecador em 22/05/2016
Código do texto: T5642915
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