O Necromante
Protetor das almas do purgatório
Ele é a revolta armada do limbo
Faz do tártaro parte do refeitório
Para cada um há um único nimbo.
Na chusma dos mortos há energia
A consagrada e maldita filactéria
Ousa ser um baluarte da infâmia
Alimenta-se da dor e das bactérias
Seu palco é feito da luz dos miasmas
Coberto de rancor, ódio e desespero
Em seu rol alucinado de fantasmas
Torna-se príncipe do terror morbígero.
Vacilante ao singular passo que faz
Surge do umbral como o necromante
Invulgar sacerdote que o abismo traz
E fazer da morte em força beligerante.