O coração e suas Trevas
No relaxamento cardíaco da pena
A vida caracteriza sua escuridão
Destas trevas qual paz não é amena
Vivo feito anfísbena para a desilusão.
O sublevantamento dionisíaco do vinho
Onde os olhares se desvirtuam na arena
Contemplam a multiplicidade do caminho
Quais as almas são divididas sem pena!
Eu e o vazio nos levantamos para a porta
Na gélida condição da insensibilidade
Qual nem a epinefrina já nos conforta.
As palavras lançadas sob a realidade
São escravas traçadas pelas almas mortas
Fazem sentimentos perderem a potestade.