O Coração Zumbi
Este coração necrofágico
Alimenta-se da seiva litúrgica
Esse passado e presente trágico
Bloqueando o futuro cirúrgico.
Vivo numa floresta de saudades
Na busca da próxima porta
Aquela que nunca conforta
Mas confronta as passionais potestades!
Não sou servil a tal doença
Chega de ser vil à benquerença
Não há solidão pior que a acompanhada.
Não sou sútil por crença
Jamais haverá quem vença
O amor próprio, enfim, sintetizado.