NO GALOPE DA NOITE
No galope da noite
A noite chega a galopes
Ouço os trotes, a cavalo alado,
Vem montado e mascarado.
Tão calado lança seus golpes
Como o destino traz nuvens sombrias,
Pingos de chuva e lágrimas frias.
Há quem te sepulte a dor imensa?
Da fadiga a indiferença
E te nega à inocência.
Quem sem nome escuridão projeta,
Caminha sozinho e a má sorte infesta.
Suspende seu canto, converte em pranto,
No leito do desencanto nunca sofreste tanto.