Ainda Não Acordei

Hoje me fiz desfeito de estamina,

O amanhã me roubou a certeza,

Quando ontem já era morfina,

A loucura era sinônimo de destreza.

Eu acredito que o sono não existe,

São tempos em que nada acontece,

O encontro de algo que não desiste,

Duma sede que jamais me apetece.

Como uma máquina de catarses,

Me desfaço como madrugada,

Na paradoxal espera da verdade.

Entre as mentes e suas sinapses,

Uma graça que me desagrada,

Estar morto dentro da realidade.

O Dissecador
Enviado por O Dissecador em 28/01/2016
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