Frígida alma
Tentando caminhar nesse
Mar de insanidade que me
Abraça,me acaricia e beija
Friamente apaixonado,me
Encolhendo,nua,nesse frio,
Frígida alma,tentando não
Ficar louca nessa aconchegante
E doce escuridão que me cega.
Tento controlar meus passos
A cada suspiro sufocado,angustiado,
Pois a cada névoa que me abraça
Sinto afogar em meu coração morto
Minha frígida alma a emergir num
Cálido olhar de morte,da angústia,
Insurgente,se erguer num gélido
Gesto morto do parir de meu já
Deformado ventre morto.