A Absolvição
Eu sou a constante matemática
Que abomina a impureza tetânica
Que culmina em arte telepática
No vôo da alucinação messiânica
Na égide da solução sorumbática
Que era apenas uma vida mecânica.
A morte? É só uma alucinação
Sem a precaução da indecência
Onde sofreremos interceptação
D'um algo a mais que a ciência
No nervosismo da aclimatação
No ato falho d'uma evidência.
Como um recurso espiritual
Entre a esquizofrênica fantasia
Na densidade obtusa do ritual
A arreganhar qualquer apostasia
Qual heresia é quase residual
Nesta loucura próxima a azia.
Depois da insensatez extrovertida
A sordidez morre frenética
Em defecar na discussão curtida
Na languidez da suspensão ética
Ao admitir que tudo que era vida
Foi um erro de ínfima dialética.