A Absolvição

Eu sou a constante matemática

Que abomina a impureza tetânica

Que culmina em arte telepática

No vôo da alucinação messiânica

Na égide da solução sorumbática

Que era apenas uma vida mecânica.

A morte? É só uma alucinação

Sem a precaução da indecência

Onde sofreremos interceptação

D'um algo a mais que a ciência

No nervosismo da aclimatação

No ato falho d'uma evidência.

Como um recurso espiritual

Entre a esquizofrênica fantasia

Na densidade obtusa do ritual

A arreganhar qualquer apostasia

Qual heresia é quase residual

Nesta loucura próxima a azia.

Depois da insensatez extrovertida

A sordidez morre frenética

Em defecar na discussão curtida

Na languidez da suspensão ética

Ao admitir que tudo que era vida

Foi um erro de ínfima dialética.

O Dissecador
Enviado por O Dissecador em 23/01/2016
Código do texto: T5520622
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