MORDÁVIA
E OS CANHÕES DE FRIAR
Não há laços eternos
no equilíbrio perante
o caos colhido por nós
no tempo
que inaugura dias
dias frios pelo poder
do nada no absurdo
contendo apenas
o que pertence ao escolhido
entre aqueles
que poderia ser iniciado
o redentor sabia do penitente-oco
que andava sobre
as colheitas sorvendo
de todo fruto
que deveria ser guardado
todo luto que dorme
no sepulcro das tumbas menores
tinham seu perfume
indesejado
vertia poucas gotas da lágrima
imposta
do incensário fluindo
vozes de uma reza
sem compasso
de velas adulteras queimando
por dentro
apenas queimando por dentro
nada convencem
do luto que choram
o desastre do homem do catre
“envenenado”
deixou rastro a muito
descobertos por ozirath
abriu os caminhos
do perpétuo maligno
que oscila no submundo
a espera daqueles
que professam sua fé
pelo medo da escuridão
deixarem-na entrar
ela nasce na doçura abandonada
que rompe nos inquietos
amarguras de vida
criando imagens
do materno iludido
“que fazem pedido
sem ter fome”
as espadas no leito do rio
fincam em pé
desenham nas rochas
pintadas de limo
símbolos de quem anda
na terra
os anéis entrelaçados
sobre a cruz
avisam o mistério de quem
perturba o sagrado
que o perdão dos passos
no destino de seus filhos
lhe pertence
quem está por vir
apontam cintilantes
vibrações como raios
diante dos lords
que de joelhos
envergam seu dorso
sabendo quem desce
ao terreno nascente
dos percalços
a lua nascente está cheia
de brilho intenso no horizonte
o rio volta a descer calmo
os olhos pecadores
se abrem de susto
no vulto violento
de quem está a sua frente
entre os galhos
seus frutos que lábios
escorrem desejos
eram seus filhos presos
amarrados
cantando hinos de choro
sem ter resposta
desatam caindo
nos corpos de seus pais
que fogem delirantes
sem saber do que se trata
na cercania da cidadela
o fogo se alastra
os lords em reza profunda
retiram da armadura
o terço empunhado
entre as mãos
com a cruz sobre a santa
matriarca do vale
levantando sobre a cabeça
sem olhar a frente
os sacerdotes de Ozirath
no culto de posse
dos espíritos
são devorados pela luz
cor de prata
alimento da obra
de quem por fé
perde o desejo terreno
brotas forças mortais
ao imortal veneno
vindo do seio da floresta
que irrompem destroços
de árvores caídas
diante dos lords
que não se afastam
continuam sua prece
aquela que é dama
da colheita da noite
não tem morada
entre nós
aquela que inflama
por sangue inocente
viverá no além
sem demora
ressurge amarga vingativa
de posse das almas
sobre a mão
que mostra o penitente-oco
queimando o livro sagrado
junto ao redentor
numa orgia
onde todos brindavam
sobre alegorias fantásticas
bela exuberante
na sensualidade perversa
que extremasse corações puros
caminhando devagar
o que é imortal
não vaga no tempo
desejando a força dos castos
vossos anseios são fortes
pela fé que carregam
quem pelo fogo destinou
sofrimento sem coragem
deverá ir comigo
não lhe daremos
nenhuma ovelha que desgarrada
vitimou inocentes
a voz que se ouve no horizonte
agora desenha
sobre a luz do luar
num corcel negro
com manta branca dourada
empunhando o cetro
ao inferno com toda vingança
que vem verter
sangue do que me pertence
desce veloz abrindo
claros rios de luz
sobre a mata
os lords do crepúsculo
se levantam sobre sua ordem
colocam as espadas
num circulo de cruzes
fincadas ao redor
forma-se o corpo dos redentores
destruindo o que vinha
com ela
sobre minha mão
tenho seus filhos
eles desejaram-me
mataram sua sede
com meu corpo
são minhas a almas
brindando com sangue
o homem velho
que pintava a capela
no centro desfalece
aparece o medalhão verdadeiro
escondido no corpo
que vira fumaça
entre cinzas
ele era o hospedeiro
da vingança de ozirath
os horrores nos olhos
de seus filhos
a viúva de posse de sua cruz
desmaia
a lua está no alto
ela levanta suas mãos
que descem unhas pontiagudas
aproxima-se dos lords
diga ao grande redentor
o mito é um segundo
na tarde do verão
que sente
quem não foi planta
cultivada
será pleno e livre
onde repousa a dúvida
de tudo que acreditas
estarei esperando sua agonia
abandonar o espírito
encarnado...
MOLDAVIA
AND THE CANNONS OF FRIAR
There is no eternal bonds
balance before
chaos harvested for us
in time
Inaugurating days
cold days for power
from nothing in the absurd
containing only
that belongs to the selected
among those
which could be initiated
the redeemer knew the penitent-hollow
who walked on
the sipping crops
of the whole fruit
it should be kept
all mourning sleeping
the tomb of the smaller tombs
They had her perfume
Unwanted
poured a few drops of tears
imposed
the censer flowing
voices a prayer
without compass
of adultery candles burning
inside
just burning inside
nothing convincing
of mourning who cry
man Disaster cot
"Poisoned"
He left a long trail
discovered by ozirath
She opened the paths
the perpetual evil
dangling in the underworld
the hopes of those
who profess their faith
fear of the dark
let it go
she born in the abandoned sweetness
that breaks the restless
bitterness of life
creating images
breast deluded
"Make that request
without hunger "
swords in the riverbed
they stick standing
draw on painted slimy rocks
symbols who walks
in the land
the interlocking rings
on the cross
warn the mystery of who
disturb the sacred
the forgiveness of steps
the fate of their children
It belongs to you
who is coming
point sparkling
vibrations like spokes
before the Lords
to its knees
shall wear its back
knowing who falls
the rising ground
of mishaps
the rising moon is full
intense glow on the horizon
the river back to calm down
sinners eyes
open scare
the violent figure
of who is in front
among the branches
its fruits lips
drip wishes
his sons were arrested
tied
singing hymns crying
without answer
untie falling
the bodies of his parents
fleeing delusional
without knowing what it is
the citadel of proximity
fire spreads
the lords in deep prayer
remove armor
the third brandished
in his hands
with the cross on the holy
matriarch of the valley
raising on the head
without looking ahead
the priests of Ozirath
in possession of worship
of spirits
They are devoured by the light
silver
the work food
who by faith
loses earthly desire
delicioso deadly forces
the immortal poison
coming from the forest within
that erupt debris
fallen tree
before the Lords
they do not depart
continue their prayer
one that is lady
the evening harvest
has no address
among us
one that ignites
by innocent blood
will live on beyond
immediately
resurfaces bitter vengeful
possession of souls
on the hand
showing the penitent-hollow
burning the holy book
by the Redeemer
an orgy
where everyone toasted
on fantastic allegories
beautiful lush
the perverse sensuality
that extremasse pure hearts
walking slowly
what is immortal
no vacancy in time
wishing the strength of the chaste
your desires are strong
by faith that carry
who by fire allocated
suffering without courage
should go with me
I will not give you
no sheep that stray
killed innocent
the voice you hear on the horizon
now draws
on moonlight
a black steed
with golden white blanket
wielding the scepter
to hell with all revenge
coming shed
blood than mine
down fast opening
clear light rivers
on the forest
the lords of twilight
They get up on your order
put the swords
a circle crosses
stuck around
shape up the body of redemptive
destroying the coming
with her
on my hand
I have your children
they wished me
They killed its headquarters
with my body
are my Souls
toasting with blood
the old man
who painted the chapel
the heart is faint
It appears the real locket
hidden in the body
that goes up in smoke
from ashes
he was the host
the revenge ozirath
the horrors in the eye
their children
possession of the widow of his cross
faints
the moon is up
she raises her hands
that descend sharp nails
is close to Lords
tell the great redeemer
the myth is one second
in the summer afternoon
Feeling
who did not plant
grown
will be full and free
where lies the doubt
all who believe
I'll be waiting for your agony
abandon the spirit
red ...