MORDÁVIA
E OS CANHÕES DE FRIAR
Ampliado pelo desgosto
de todo sagrado morto
nas épocas antigas
em que figas morreram
na entrada das casas
o redentor se afasta
sabendo do fogo crescente
nos olhos dos lords
prefere ir sozinho
prefere engolir o destino
com fome saciada
das culpas do claustro
que ele mesmo deixou
viver entre as cidadelas
e todas aquelas
moradas
que agora ascendem sinais
de fim
perto dali
bem próximo ao cair das águas
um escuro andarilho
de capuz entre marcas
douradas sem rosto
está parado nas árvores
perto do jardim de passeio
o que ele tem nas mãos
que brilha de dia
voz metálica
entranha língua selvagem
que caminha
com ele parado
no mesmo caminho
são as aves em volta
são as folhas que caem
o barulho do que é velho
e apodrece no chão
o mesmo chão tem raízes
que parecem mexer-se
sozinhas
um cetro de madeira
com um pedra brilhante
desenhos talhados
conhecidos enfeites
paralisam o redentor
quem está ai
quem por aqui me conhece
quem sabe por que vim
exclama
“o tempo é um custo
das notórias vistas
que irrompem sentidos
aquilo que foi preciso
e necessário
que os séculos
não transformam
em fragmentos e poeira
tem um nome de batismo
secreto”
imóvel pela sabedoria
que acompanha
sua jornada
ele vai a finco
como quem encontra algo raro
pela primeira vez
quem explora
quem devora sua metade santa
pega-lo
mãos trêmulas sem medo
o rosto em silêncio
perde a magia do encanto
das ovelhas terminais
vigora o homem comum
que busca redenção
depois de matar-se por dentro
diante da imagem sacra
chora o volume pegajoso
da volúpia por riqueza
o feitiço devora
tudo que era o destino
alimento dos deuses
nos olhos vulgares
de quem deixou lugares
onde o maldito não sacia
sua sede
ignora a pedra
para ler os símbolos
obscuros
ignora o sol poente
debruçando no horizonte
ignora à tarde
que deveria ser alarde
pra proteger-se do escuro
ignora o encontro
com o mal refletido
no espelho de seu mundo
talhado descrito
na língua dos lords
en lumo levis vin
la ombro glutas vin
olha de volta o báculo
na jóia que brilha
na ilha vestida no meio
da floresta
o rubro de vinhas amargas
corre ladeira abaixo
ele ainda segura
sua loucura
agora que dorme
sobre o alabastro
que se quebra deixando
o último perfume
de seu vício
temperando o sereno da noite
que cai
o que vinha seguindo
seus passos desaparece
no relincho fumegante
de um Frisio adornado
de manta encarnada
sobre a relva nas sombras...
MOLDAVIA
AND THE CANNONS OF FRIAR
Expanded with grief
dead sacred all
in ancient times
where fingers crossed died
at the entrance of houses
the redemptive departs
knowing the growing fire
in the eyes of Lords
prefers to go it alone
rather swallow destination
satiated with hunger
the cloister of guilt
he even left
live among the citadels
and all those
addresses
Now that signals amounting
end
near there
right next to fall water
a dark wanderer
hood between brands
golden faceless
It is stopped in the trees
near the walking garden
what he has in his hands
shining day
metallic voice
gut wild language
Hiking
with him standing
in the same way
are birds around
are the falling leaves
the noise of what is old
and rots on the ground
the same ground has roots
that look stir
alone
a wooden scepter
with a shiny stone
carved designs
known ornaments
paralyze the Redeemer
who's there
Who here knows me
who knows why I came
exclaims
"Time is a cost
the views notorious
that erupt senses
what was necessary
is required
the centuries
do not transform
into fragments and dust
It has a first name
secret"
property for wisdom
accompanying
your journey
he goes to nail
as one who finds something rare
for the first time
who explores
who devours his holy half
catch him
trembling hands without fear
face quietly
lose the charm of magic
the terminal sheep
force the common man
which seeks redemption
after killing inside
before the sacred image
cries the sticky volume
the lust for wealth
the spell devours
everything was fate
Food of the Gods
in vulgar eyes
who left places
where the damned does not satisfy
headquarters
ignores the stone
to read the symbols
obscure
ignores the setting sun
leaning on the horizon
ignores afternoon
it should be fanfare
to protect from the dark
ignores the meeting
with the reflected poorly
in the mirror of your world
carved described
in the language of Lords
en lumo levis vin
her shoulder glutas vin
looks back staff
the jewel that shines
on the island dressed in the middle
forest
the red of bitter grapes
runs downhill
he still holds
his madness
now sleeping
on the alabaster
it breaks leaving
the last scent
of their addiction
tempering the serene night
Falling
what had been following
his footsteps disappears
on the neighing smoking
one adorned Frisio
red in blanket
on the grass in the shadows ...