MORDÁVIA
E OS CANHÕES DE FRIAR
 
 
Segue o “aprendiz” dizendo
verdades aos monges no limiar da margem
sobre flores de mandrágora
entre os joelhos de culto
adorando o vento seco
de fogo e fumaça
vindo da esteira
que queima a donzela
ela grita ela chora
quem pode ouvir seu pavor horrível
se o céu foi violado
a terra bendita
é amada por doentes
duendes vestido de magos
das estrelas
onde comem onde dormem
onde vivem onde pastam
ovelhas
o redentor descobre um medalhão
dentro da pedra
que ela carregava
imagem de uma imortal
sacra que ela adorava
o que de mal pode fazer
quem leva consigo
tão valioso sentido
atado por um cordão
tramado entre cores
o cuidado de esmero
deixava parecia
o colar parecendo inteiro
o redentor amarga um gole
de rum enforcado
garganta regurgita
sangue pelos lábios
um grito se ouve
 de longe
os monges na roda de fogo
dançam
o ar pesado vem terreno
e  livre  como “lança”
destruam o rito
dos lords do crepúsculo
eles perderam a razão
ela tinha razão
o fogo brando e alto
no meio do lago
agora tem gosto e cheiro de carne
somos covardes
vejam o que ela tinha
entre as mãos
percebam nossa ilusão
nossa fraqueza
a delicadeza dos traços
um “recanto” sagrado
verdadeiro
vestimos o impuro nos olhos
nós amamos sua beleza
avisem os lords sobre a mentira
tarde demais gritam
tarde demais...
brumas falsas na noite
que se ilumina de vergonha
quem sonha terá
pesadelos logo cedo
o caminho das águas
leva ao lago verde
na queda livre
quem irá lá embaixo
buscar nosso vestígio
amargo?


MORDAVIA
AND THE CANNONS OF FRIAR



Follows the "apprentice" saying
truths to the monks at the edge of the threshold
on flower mandrake
between the cult knees
worshiping the dry wind
Fire and smoke
Welcome Mat
Burning maiden
she cries she cries
who can hear his awful dread
if the sky was violated
the blessed land
It is loved by patients
magicians dress elves
the stars
where they eat where they sleep
where they live where they graze
sheep
the redemptive discovers a medallion
within the stone
she carried
image of an immortal
Sacred she loved
what evil can do
who carries
so valuable sense
tied by a cord
plotted between colors
careful care
left seemed
the necklace looking around
the redemptive bitter sip
of hanged rum
throat regurgitates
blood from the lips
a cry is heard from afar
the monks at the wheel of fire
dance
the heavy air comes terrain
and free as "spear"
destroy the rite
Lords of Twilight
they lost the reason
she was right
the soft and high heat
in the middle of the lake
now tastes and meat smell
are cowards
see what she had
in his hands
realize our illusion
our weakness
the delicacy of the strokes
one "corner" sacred
real
We wear the unclean in the eyes
we love her beauty
warn the lords over falsehood
too late cry
too late...
false fog at night
which lights of shame
the dreamer will
nightmares early
the way water
leads to Green Lake
in free fall
who will downstairs
seek our trace
bitter?