Caminho rubro

Deitarei a última gota rubra

E marcar por onde passei

Não me serve mais este sangue

Se minha alma à tempos deixei

De cada gota vai-se uma memória

E de cada memória uma dor

Dor que não foi socorrida

Neste trajeto ausente de amor

Nascerão nestas trilhas tingidas

Flores cobertas de espinhos

Ninguém verá sua beleza

Ninguém as colherá no caminho

Foi-se a última gota

Já não resta sangue nem alma

Podes tombar corpo morto

A terra agora te acalma

Lya Sandly
Enviado por Lya Sandly em 03/01/2016
Código do texto: T5498789
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