A Harmonia Bucal
Me sinto intenso
Como um eclipse
Na distância do vazio
Conspicuamente calada
Como a palavra falada
E a intenção do cio
Desenhada na elipse
De tudo que penso.
As frases harmonizadas
Das loucuras de agora
Na convenção insana
Entre sensações intuitivas
Onde as vozes são ativas
E na passividade mundana
Na órbita falida da hora
A querer curas fidelizadas.
Essa baboseira secular
Não é testemunha ocular
Do raciocínio pecador.
Sou um homicida anelar
De uma vida a cabular
Na vitalidade do ardor.
Onde solenemente
A morte independente
Abraça a alma indigente.