OS NATALINOS NA CEIA DO RANCOR
Capturamos a filha
pro banquete dos corvos
na torre
teremos carne nova
no holocausto fajuto
onde caem melindras
ninfas de dentes afiados
querendo toda podridão
que fica escondida
na alma dos fracos
que aceitam o mundo
de sol pleno
traremos as mães da agonia
chorando cravos
aos pés de toda planta
morta
com anéis de prata
vindas do mosteiro
do monge de olhos azuis
purgados de vida
e olha a morte com desejo
tragam os redentores
de barba postiça
e capuz dourado
são filhos teus
que invocamos
no baluarte de pilares
cercado da pureza das flores
pra ser intocado
pelos devotos de alma
morta
que pedaços da caverna
tiras resquícios
de apóstolos
estão comendo sua
última fissura humana
a filha será inflamada a dizer
sobre os pés da cruz
dos amparos
que não deseja ver
quem fez nascer no passado
será erguida e ungida
pela luz que vem de cima
será divina
teremos peixe na abundância
dos rios gelados
é só cavar um buraco
sobre o gelo
banhar-se como
passe de santo
o manto foi tramado com
as peles das ovelhas
elas estão nuas
sobre o fogo dos rebentos
que empoderam máscaras
e tem olhos acesos
irão vingar o jejum dos anos
eles tiveram unhas compridas
embebidas em graus
alcoólicos
suas mãos tem cheiro de absinto
vejam o crente
depois de toda missa
vejam...vejam
eu não minto.
Capturamos a filha
pro banquete dos corvos
na torre
teremos carne nova
no holocausto fajuto
onde caem melindras
ninfas de dentes afiados
querendo toda podridão
que fica escondida
na alma dos fracos
que aceitam o mundo
de sol pleno
traremos as mães da agonia
chorando cravos
aos pés de toda planta
morta
com anéis de prata
vindas do mosteiro
do monge de olhos azuis
purgados de vida
e olha a morte com desejo
tragam os redentores
de barba postiça
e capuz dourado
são filhos teus
que invocamos
no baluarte de pilares
cercado da pureza das flores
pra ser intocado
pelos devotos de alma
morta
que pedaços da caverna
tiras resquícios
de apóstolos
estão comendo sua
última fissura humana
a filha será inflamada a dizer
sobre os pés da cruz
dos amparos
que não deseja ver
quem fez nascer no passado
será erguida e ungida
pela luz que vem de cima
será divina
teremos peixe na abundância
dos rios gelados
é só cavar um buraco
sobre o gelo
banhar-se como
passe de santo
o manto foi tramado com
as peles das ovelhas
elas estão nuas
sobre o fogo dos rebentos
que empoderam máscaras
e tem olhos acesos
irão vingar o jejum dos anos
eles tiveram unhas compridas
embebidas em graus
alcoólicos
suas mãos tem cheiro de absinto
vejam o crente
depois de toda missa
vejam...vejam
eu não minto.