Dolência a um Estuprador
Acredita que fizeram teu sepulcro?
Ninguém levou fé em tal loucura
Mas quem faria um ato tão pulcro
D'alguém que nunca cedeu doçura?
Neste talho fica amenizado a rudeza
Tamanha a estupidez do esterquilínio
Diante da monstruosidade e vileza
Que foi existir deste vivo abomínio!
Mas ao saber quem era esta senhora
Que copiosamente chorava no jazigo
E vi que ainda tem quem por ele ora.
Caminhando até aquela campa consigo
Perguntei o que ela era do morto agora
Mãe respondera, com pesar de castigo.