Sombrio amor

Uma homenagem aos poetas ultra-românticos (mal do século)

Uma lágrima de escuridão percorria e nela me afogava.

A vista enevoada, a voz calada em soluços, enquanto aguardava a morte, era amado pela vida.

Na ânsia que percorre as veias, sou escravo e prisioneiro seu.

Vejo a liberdade na janela de seus olhos, enquanto açoitado pela sua indiferença.

No rompante de tocar seu corpo, mas me enlaçar com sua sombra.

O seu melhor é o meu pior castigo.

Enquanto o partilha com outros, mendigo e rastejo as migalhas que deixa cair.

Lúgubre dor manifesto de um paraíso distante e ideal...

Mas é na paixão infernal que sinto, que me aterro, enterro e encerro aqui

Fernando Paz
Enviado por Fernando Paz em 18/12/2015
Código do texto: T5484001
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