BLACKOUT
A coringa Dark
 
 
Os crivos mentem os olhos
vermelhos no escuro
a floresta de toda praça
ameaça ser outro campo
de batalha escusa
repulsa o pêndulo nas mãos
do horrendo vestido de preto
o honorário vampiro
de botas sujas
 e as bruxas do velório
sombras sobre a fumaça branca
saindo das bocas
loucas fantasmas
querendo sangue
trazem pequenas agulhas
narinas impuras
tem lábios pintados
na brancura estúpida
condenada
os góticos serão extraídos
do vale
os vetores amam a morte
não dançam sobre ela
há cruzes nos cantos parindo
espíritos do desejo
desejando resquícios
do mundo antigo
o novo mundo pertence
as penumbras sem disfarce
a face das garras perpétuas
 de unhas negras
beberá água salgada
de sua raiz profunda
a bruxa imunda de enxofre
desce no orvalho
sobre as cortinas de flores
na esquina das dores
onde repousam os secretos
 
ela possui as “vespas de asas
compridas”
que roubam almas
o veneno não mata
o veneno polui o ocular
que enterra os dias
não adormece o inimigo
persegue o sinistro
sem saber onde fica
o fim de tudo
o fim do túnel
perde o sentido
os góticos traíram a noite
precisam ser destruídos
banidos sem fonte
os vermes rastejam nos muros
perfuram os caminhos
os góticos avançam
sabem da guarda-aberta
que possui o destino
passos coturnos sobre asfalto
entraremos na cena
onde termina a estrada
serão cobaias do medo
no ceio do mato
no meio do mato
tocaias presas
a destreza do império da
escuridão
espera sua valentia
a descoberta
as cabeças repousam
de cabelos arrepiados
da cor do mato
a cor do mato
será rubra!