Paz e turbilhão
Andar por algumas ruas da cidade de São Paulo também fazem com que meu coração se retraia
Eu só queria não me sentir mal pelo fato de algumas pessoas terem continuado suas vidas sem mim.
O que fiz de errado para ser tão descartável?
Por que, somente agora, encontrei a pessoa certa?
Perdi a poesia numa esquina dessas, enquanto me iludia com sentimentos que somente eu tinha.
O meu “eu” foi desconstruído diversas vezes.
Cadê aquele brilho nos meus olhos?
Cadê aquele olhar fresco e curioso?
Eu me tornei sombra do que eu era.
Eu não queria viver como expectadora de minha própria vida.
Precisei me afastar de pessoas que amava.
Parece que o amor nos torna reféns.
Relevamos tudo, desculpamos tudo, aceitamos tudo.
Não sei mais usar linguagem poética para descrever o que sinto.
Tudo agora tem que ser mais prático e direto e dinâmico.
Tudo está indo bem, mas tenho pressa e ansiedade.
Por que me importo com o que eles pensam sobre mim?
Não tenho mais o que escrever e tenho um mundo de pensamentos presos.
Dentro de mim há uma paz e um turbilhão.