MINHAS TEIAS

Hoje tirei minhas teias
Eram muitas...
Aglomeravam-se entre as telhas
Deixando-as, imundas

Tive pena das aranhas
Que nelas viviam
Parecem estranhas
Mas preenchem vazios

Por que não deixa-las por lá?
Ninguém necessita desse espaço
Já que o guardo na alma
Onde não alcança o braço

Braço inimigo
Que tenta arrancá-la
De seu seguro abrigo
Ou será que só quer tocá-la?

Mas há a dúvida
Quer tocá-la
Saber se está viva
Ou esmagá-la
Tirando-lhe a vida!

Luamor



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Linda interação da Mestra 'Pensadora'Cristina, obrigada, amei! Show


Teias que cobrem as frestas
Que preenchem vazios penosos
Se infiltrando em arestas
Causando desespero danoso
Teias que recobrem faces
Teias que escondem olhares
Teias que são só disfarces
Causando e destruindo quereres
Às são um um desejo tão amigo
Um apego aos lugares de fuga
Um anseio de estar só consigo
Isso preocupa e ainda dá ruga
Teias em tramas de aranha
Que não se sabe se é drama
Ou uma vontade de viver
Sem mesmo fazer manha
Uma dúvida no peito
Deixá-la ou esmagá-la
Deixar do mesmo jeito
Sem mesmo enfrentá-la
Confrontar os receios é a chave.

Cristina Gaspar
 Leiam>http://www.recantodasletras.com.br/autor_textos.php?id=167551
Luamor
Enviado por Luamor em 29/10/2015
Reeditado em 01/11/2015
Código do texto: T5431200
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