A Pintura Preta

A música começava a tocar

E de longe já dava pra ouvir

Que era sobre dias como hoje

Descrevia numa pintura a lápis pintada

As costas de alguém despido no escuro

Apenas sozinho sendo um daqueles quaisquer

Sendo como um oceano mergulhado na madrugada

Somente esquecido pelas costas e pela maré

Fortemente conquistado pelo medo interior

Dormia triste pensando já ter ultrapassado o fim

Mas ao acordar lembrava-se de todas as possibilidades

E decidia caminhar unicamente entre as verdades

Como esteve tão cego assim?

Era apenas uma luta contra o horror

Combatendo o imposto como dificuldade

Deixou passar tantas oportunidades

Imperdoado pelo mundo

Ele conseguiu ser perfeito do seu jeito

Proliferando a inextinta beleza

Que ainda queimava em seu corpo imundo

03/10/2015

Marcus Mota
Enviado por Marcus Mota em 03/10/2015
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