O sangue do vampiro

Sente o horrível sabor do pescoço

Em carne decomposta,

És vampiro puríssimo e moço!

Embebe, come e gosta.

Sangue rubro, licor e bebida...

Que os dentes imortais!

Sempre bebe a delícia da vida,

Engole e adora mais.

Vejo o corte no corpo sangrento

Com forma visceral,

Quanto horror do cadáver sedento!

Teu riso vil do mal.

Nos pescoços vitais e mordidos

Por ti... Que é saboroso

Como o copo dos olhos morridos...

O Drácula maldoso.

Tuas asas velozes e escuras,

Mas voa ainda agora;

Ó morcego das formas seguras!

Deseja achar e mora.

Suga o sangue do corpo defunto

Após o vil veneno,

Toma os goles e sonha no assunto

Incrível e sereno.

Este olhar violento que estala

E até sucumbe tanto!

Quem estás nos enterros da sala

À víscera do canto.

Meia-noite é perversa que assusta,

Acordas sempre cedo,

Tua pele velhíssima e augusta

No tempo do segredo.

Autor: Lucas Munhoz - (19/08/2015)

Lucasmunhoz
Enviado por Lucasmunhoz em 19/08/2015
Código do texto: T5352176
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.