Perdida

[...]

pousa o teu manto sobre o meu corpo

como flamingos desatinados em sangue

porque de mim; essa loucura de borco

onde deito essa paixão tão exangue ...

e dum punhal a cravar-me na carne

onde a lua desenha um monge

as desilusões tão frias me ardem

e os lírios que desmaiam me tangem

e ao longe; sei de todos os barcos

que vão sem rota e sem destino

e o meu norte feito fios foscos

já não acho vivacida e só desatino

No entanto; o meu sorriso de primavera

se abre em sóis; e rendem-se as feras

que residem em mim; feito quimeras

a engolir toda a tristeza e vomitar toda a hera ...

Marina Lima

Acontecimentos

Kathmandu
Enviado por Kathmandu em 17/08/2015
Reeditado em 17/08/2015
Código do texto: T5349107
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