Falésias

[...]

são falésias os meus dias

onde me encontro à revelia

nos portos/ nos átrios/ nos suicídios/...

São charcos arredios

onde deixo o meu lótus

a encharcar-se na rebeldia...

são os arcos dos meus lábios

que góticos; choram os enganos ...

São eflúvios que declamam

tanta poesia adormecida

mendigando algum carinho

de uma premência tão maldita

... são notórios versos (in) vertidos

nos barcos que partem sem a vela

... parece aquarela com a ferida aberta.

_ e faço uma concha com as mãos

deixando vazar toda a areia dessa solidão ...

Alone Wolf (violin)

Kathmandu
Enviado por Kathmandu em 08/08/2015
Reeditado em 08/08/2015
Código do texto: T5339050
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