Erbe der trauer
perdida,solitária caminho
nas trevas de minha vazia
iluminação ao me ver aqui,
a herdar o legado da tristeza
que me mantém esquecida
na alegria morta de derramar
minhas secas lágrimas de
infértil solidão silenciosa.
perdida,aconchegada no
abraço do silêncio a me
obrigar a fazer uso dessa
herança que a boa tristeza
me legou ao fazer de mim
a doce herdeira amarga
de lágrimas a me florescer
o coração beijado pelos espinhos
dessa angélica loucura que
me faz delirar de êxtase ao
sentir em meus lábios insensíveis
o entorpecido sabor estéril das
lembranças mortas pelas turvas
águas da inexistência em minha
alma adormecida pela carícia da
célere passada do nada em que
confortavelmente estou descansando.