AMARA

Alta, macérrima, envergada no porte,
Sempre com negra indumentária...
Traços graves, olhos a esmo, dedo em riste...
Dizem que ela traz sempre má sorte.
Sua casa, ao lado da funerária...
Sua expressão lúgubre, sempre triste,
Por isso, provoca impressão temerária,
Misteriosa... No rosto, uma cicatriz, um profundo corte
Que o cabelo liso e longo deixa entrever, se há ventania...
Sua pele muito branca, dedos longos, na mão fria.
Não é bem vinda, mas vem... Aguardada ou não convidada...
Quando a gente nasce, logo, logo, sabe dela.
É uma certeza que todo mundo tem,
Embora procure esquecer, porque convém.
Chega, impávida, pela porta, pelas frestas da janela,
Às vezes se apressa, às vezes, tarda,
Mas chega pra ricos e pobres, fracos e fortes.
Seu nome, AMARA... Alcunha, DONA MORTE.


Leia meu livro POÉTICA MENTE que pode ser adquirido no site
www.biblioteca24horas.com ou
www.biblioteca24horas.com.br
 
Luna Mia
Enviado por Luna Mia em 30/05/2015
Reeditado em 12/07/2015
Código do texto: T5259902
Classificação de conteúdo: seguro