Enquanto ainda há tempo...
Enquanto ainda há tempo em meio a sonhos remotos e noites insones
Antecipo-me ao escaninho e expurgo as bruxas e os fantasmas
Anseio das cinzas a chama que aquece o espírito
Trazendo consigo a leveza e a beleza existente no dissabor
Para que assim em versos ora oníricos amenize a dor...
A dor em não perceber uma flor
O ardor duma vida em rascunho, sem sabor.
Uma força que não mostra o punho, sente temor
Sem cor. O sangue parece esvair-se com o vento
E até o céu sem nuvens fica mais cinzento
Acostumei-me mal, mas...
Talvez, ainda de tempo...
Lucas Mirati // L.C.