Guerreira das Trevas
Eu,pobre guerreira das trevas e do abismo
Mistura de anjo banhada de enxofre e fragrância
Solitária eterna nas batalhas nas trevas
Monstruosidade à beira de um precipício
Suportando espinhos e espadas
Enganada pelo acaso, como um pássaro em suplício
Sofro em total consciência e ignorância.
Eu, serva de orgias e de prazeres impuros
Contemplei amores de carnavais
Cavando minha cova longe de batalhas rivais
Nessas rotas onde rondam prazeres obscuros
E cantam, dançam as alegrias dos não virginais.
Eu, pobre guerreira já vencida e erótica
Descobri agora e revelo:sou exótica
Em minúsculos sonhos de adoração
Puro amor, força crua, pura devoção
Pura verdade doendo no osso
Demônios sem almas, imersos na escuridão
O sangue que descia, distraía a tempestade
Humanas presas de nossas próprias feras.
Eu, declarando-me oprimida
Cheias de lágrimas e tormenta
A ti peço: não me declares inimiga
A tudo que ousei, eu lamento.
Cheia de inglória me lançarei até o último momento
.
Martelando serpentes a serem vencidas
Eu, guerreira das trevas infinitas
Francamente arrependida e desolada
Chorando em verso mal coordenado
Declaro que fui má, mas já castigada
Cada pecado é uma cruz plantada na escuridão
Deus não dá um desafio que não possa ser superado.
Prostrada de joelhos, rendo-me ao seu encanto
Largo, agora, minha espada em qualquer canto.
Obs:há muitos anos atrás, eu lia muito poesias góticas, porém sempre fui eclética...Guerreira das Trevas,possui traços/palavras de poesias lidas,porém não me recordo dos autores