Guerreira das Trevas

Eu,pobre guerreira das trevas e do abismo

Mistura de anjo banhada de enxofre e fragrância

Solitária eterna nas batalhas nas trevas

Monstruosidade à beira de um precipício

Suportando espinhos e espadas

Enganada pelo acaso, como um pássaro em suplício

Sofro em total consciência e ignorância.

Eu, serva de orgias e de prazeres impuros

Contemplei amores de carnavais

Cavando minha cova longe de batalhas rivais

Nessas rotas onde rondam prazeres obscuros

E cantam, dançam as alegrias dos não virginais.

Eu, pobre guerreira já vencida e erótica

Descobri agora e revelo:sou exótica

Em minúsculos sonhos de adoração

Puro amor, força crua, pura devoção

Pura verdade doendo no osso

Demônios sem almas, imersos na escuridão

O sangue que descia, distraía a tempestade

Humanas presas de nossas próprias feras.

Eu, declarando-me oprimida

Cheias de lágrimas e tormenta

A ti peço: não me declares inimiga

A tudo que ousei, eu lamento.

Cheia de inglória me lançarei até o último momento

.

Martelando serpentes a serem vencidas

Eu, guerreira das trevas infinitas

Francamente arrependida e desolada

Chorando em verso mal coordenado

Declaro que fui má, mas já castigada

Cada pecado é uma cruz plantada na escuridão

Deus não dá um desafio que não possa ser superado.

Prostrada de joelhos, rendo-me ao seu encanto

Largo, agora, minha espada em qualquer canto.

Obs:há muitos anos atrás, eu lia muito poesias góticas, porém sempre fui eclética...Guerreira das Trevas,possui traços/palavras de poesias lidas,porém não me recordo dos autores

vanda costa
Enviado por vanda costa em 10/05/2015
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