PRESAS

Enterrei minhas presas em um coração

Pude senti-las queimarem

E meus ossos doerem

Esperando silenciosamente que as sombras falem

Ainda espero...

Com minhas palavras lamentosas e gélidas

Que me põe em um ângulo cruel e derradeiro

Poderia eu não sentir frio?

Poderia meus olhos não marejarem mais?

Por uma ânsia incontrolável de algo que tenha;

real circunstância

Em um instante minhas mãos predadoras

Tocaram minha garganta,

A invulnerável presa

Somente eu sabia que estava esperando para morrer;

O tempo todo pude sentir;

Minha boca sangrar e os ossos doerem

Mas ainda sim, eu esperei

Ainda espero...

Nicolas Correa
Enviado por Nicolas Correa em 21/04/2015
Reeditado em 21/04/2015
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