O POEMA DA POESIA MALDITA

Começa aqui o delírio, vejam! O poeta vai falar... Quantas dores ele sente.

Pai! Pai! Ele me matou... Doe muito, alguém, por favor...

Ai! As trevas se aproximam e eu vejo demônios façam eles parar, porque, estou cansado de fugir.

Não! Os pesadelos vão começar novamente... E minha mãe dorme com sonhos tristes.

Ó o dragão vem vindo e é todo azul com chifres amarelos,

Meu amor está enlouquecendo de falta de paz.

A faca degolou minha fênix e não mais reviverá.

Estou com muita dor e sangra minha boca, estou sentido dores nos meus ossos e minha visão ver espectros das sombras do Inferno.

Quero beber fel! Por favor, me dá um pouco de comida... Ai meu senhor demora em me socorrer nesta torre de espinhos.

Os pássaros caem mortos e estão todos podres, há miséria aqui, há lamentos na fenda desse abismo.

Meu coração está pra fora... Não! Não faça isso minha irmã é uma feiticeira que não merece ser queimada.

Pobre homem tolo a lama me cobre por inteiro e os vermes zombam de mim. O que fazer com a faca de fio cego? Meu deus respondi-me... Fala-me... Fala-me... Fala-me, minhas lágrimas se tornarão oceanos de vinho e sangue.

Os Dragões sequestraram minha amada e carregaram pra floresta dos elfos, lá a morte não existe nem realidade somente loucura regada com orgia.

Me ajuda, me ajuda, a chaga na minha boca não me deixa falar de carinhos. Vai cair a ponte que liga aos dois reinos, o reino das prostitutas e dos duendes corcundas.

Meu Deus não sei orar neste inferno e o paraíso me expulsou das terras de dourados etéreos.

Socorro! Socorro ele está aqui, e, lê meus lábios secos de palavras vazias.

Pobre homem não encontrou ainda uma esperança nas trevas, pobre ser de negridão que traga a luz das estrelas.

Pobre eu sou! Vou tomar o fel e morrer contando fracassos, vou morrer escolhendo moscas da carniça... Nunca vi um lírio desabrochar no verão apenas sicômoros sendo cultivados por profetas tristes.

Ó os pássaros querem minha carne, ó os abutres roubaram meus pães e as formigas beliscam minhas mãos.

Minha virgem, minha virgem de brancura maldita tu reflete a bondade que renunciei, partirei para um reino de choros e desesperos e lá serei o herói.

Minhas mãos perderam os dedos, minha face perdeu os olhos, minha alma perdeu Deus... O abismo me tragou. Quero chorar muito pelo morrer dos anjos caídos.

O Inferno vai me levar! O Inferno meu Deus estou dentro dos deuses corrompidos Cila e Caríbdis levaram meus sonhos.

Ai! Ai! Ai vão embora... Embora... Embora dos meus pesadelos fraternos, deixa de assolar minhas carnes, perfura minha boca com o florete de ouro.

Meus Deus estou enlouquecendo de paixão nefasta! Estou morrendo de amores proibidos, estou desejando ir pra cama com a dama dos pecados.

Não serei mais uma criança e sim um cavalo de pedra, minhas flores estão cheirando a cianureto, e baratas estão nas minhas costas de asas negras. Estou morrendo de velhice precoce e sinto as ilusões das agonias.

Os demônios acordarão amanhã nas terras do sempre alvorecer, me aguardam os homens de cabeça com chifres, me acolhem as mulheres de hálito hipnótico.

Vão me matar de dosagens embriagantes de lama, pai! Pai vem buscar teu filho... Os meus amigos todos viajaram para o passado. Pai sou um mal filho de beleza estilhaçada pela rejeição, e sinto uma serpente a acochar meu pescoço, será uma corda?

Vou partir pra bem distante das vozes deste planeta e construir um castelo na vastidão das galáxias dos mundos esquecidos.

Tenho pena deste meu assassino ele também é um forasteiro em terras imundas, estou cansado de voar por ai e ver prostitutas petrificadas pelas delicias dos homens em suas camas. Eles estão vindo meu maior inimigo está vindo, e, ele fede a enxofre banhado com vinagre virgem.

Estou cansado, não estou me vendo nos espelhos. Quem é este que me julga e mata todos os dias sua existência? Quem é este que me raptou das obrigações intimas? Quem é este que mata minha vontade de ser mortal?

Mortal cale a boca! Tua vida não vale mais que a dos pássaros?

Um furacão levou minhas pernas... Não consigo andar, doe meus peitos, meus rins, meu fígado, minha língua... onde estou? Estou no lugar que brota os Paraísos. Estou nos lugares onde as crianças brincam, estou nos lugares onde os namorados se beijam, estou no lugar onde as lagrimas não reinam, estou nos lugares onde se amam as donzelas, estou nos lugares onde os cavalheiros trabalham sorrindo.

Ai! Vida minha onde foste do principio dos meus existires?

A noite jamais terminará.

Amanda tua face é bonita, teus olhos expressivos... Eles são castanhos de um castanho simples, bela menina não tenha medo o amor vai chegar. Minha menina as trevas não vejo em ti, só a brancura da tua pele, como tu és cheirosa e simpática lembra uma criança, não vá de minha mente fique, eu não sei o que é o amor, tenho pouca caridade nas mãos. Amada me abraça numa declaração de amor e minhas melancolias de doente findarão. Deus me ajuda eu quero um alguém sincero, não desejo sofrer por ansiedade quero um espírito humilde, Amada, mulher de falar infantil de mãos macias, e perfume orfeico, me ama e afasta os monstros das negações negligentes. Amada eu te amo por muito amar meus egoísmos, e por pouco saber que tu não és e nunca serás minha, te amo por me amar um pobre menino, e de ser pobre meu coração ganha vida, vida essa que quero construir ao teu lado eternamente enquanto for possível ser impossível não te amar com sentimentos infindos.

Não aguento mais a lamina do meu algoz, ele não permite meus delírios continuar. Termina aqui meus agouros... Poetas digam a minha família que doem meus órgãos, e minha esposa diga ao meu anjo que papai morreu perto dos jardins de flores verdes... O meu sague fez desabrochar um lírio.

E minhas lágrimas fizeram nascer lagos profundos de perdições.

Fim!

Francesco Acácio
Enviado por Francesco Acácio em 17/03/2015
Reeditado em 18/03/2015
Código do texto: T5173131
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