''O Ébrio''
O ÉBRIO
Eis que todas as madrugadas
Surge um homem em efusão
Embriagado de prazeres
E corpos
Estes que com o seu punhal
Castrou-lhe as vidas
A fim de conhecê-las
Inteiramente
Sorri por entre os lábios
Soltando gritos no escuro
A soturna taverna o abriga
Da imundície afável
Os braços e pernas
E corpos
Jogados em estilhaços de vidro
Ensangüentados com piedade
A memória retardada
Inescrupulosa
Doentia
Que fere a carne
Até arrancar-lhe os ossos
By Morphine Epiphany
(Cristiane V. de Farias)