Presas
Sinto que estou voltando às origens dos meus antepassados...
A doença e praga que se arrasta, na verdade eu queria ser outra coisa.
Quero viver na escuridão, em um sepulcro solitário, minha sepultura, meu berço.
Alimentar-me do sangue alheio
Viver para morte, matar para viver.
Dormir quando amanhecer.
Quero que minhas presas
Agarrem o pescoço de alguém
Sugando sua fonte de vida
Dando-me prazer...
Sou como um ceifador
Procurando alguém solitário...
Movendo-me junto às sombras
Eu sou a sombra que caminha sozinha.
Sinos que badalando em uma noite nebulosa
Eu escuto aos uivos e volto para casa
Recolho em meu berço antes que de novo parta.