CEMITÉRIO

Era um terreno vasto e quieto

Rodeado de arvores onde se ouvia berros

Ao anoitecer nada lá entrava

Ninguém á noite lá perambulava

Lá onde havia anjos chorando como estátuas

Ninguém lá vai entrar

Desde a hora que a lua começar a clarear

E o sol não mais reinar

Do lado de fora os muros eram altos e claros

Gigantes eram os muros

Perto dali haviam arvores sem dar frutos

Agora sei que lá será meu lar no futuro

Ao anoitecer entrei num lugar novo

Só corpos mutilados e enterrados

Num lugar rodeado de mistérios

Entrei no cemitério

A madrugada chegou

O velho dia já acabou

Será que vou ter loucas visões

Do céu e do inferno

Eis o mistério do qual procuro no cemitério

Cemitério...

Lugar solitário e quieto

Ao anoitecer em ti eu penetro

Procurando em tuas entranhas

O mais macabros mistérios

Mauricio Rocha
Enviado por Mauricio Rocha em 15/12/2014
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