CEMITÉRIO
Era um terreno vasto e quieto
Rodeado de arvores onde se ouvia berros
Ao anoitecer nada lá entrava
Ninguém á noite lá perambulava
Lá onde havia anjos chorando como estátuas
Ninguém lá vai entrar
Desde a hora que a lua começar a clarear
E o sol não mais reinar
Do lado de fora os muros eram altos e claros
Gigantes eram os muros
Perto dali haviam arvores sem dar frutos
Agora sei que lá será meu lar no futuro
Ao anoitecer entrei num lugar novo
Só corpos mutilados e enterrados
Num lugar rodeado de mistérios
Entrei no cemitério
A madrugada chegou
O velho dia já acabou
Será que vou ter loucas visões
Do céu e do inferno
Eis o mistério do qual procuro no cemitério
Cemitério...
Lugar solitário e quieto
Ao anoitecer em ti eu penetro
Procurando em tuas entranhas
O mais macabros mistérios